Quando não estou pensando
Quando não estou pensando
segunda-feira, 30 de março de 2015
sábado, 31 de maio de 2014
On The Road mi amigo...
Em primeiro lugar agradeço ao meu grande chapa Edu Tico
Miranda pelo grandioso e importante presente me dado, sobre o qual vou falar um pouco agora. Ao completar 24 anos recebi o livro”On the Road” de Jack Kerouac. Acredito que foi um bom momento para isso, pois me sinto jovem o suficiente
para não ter a cabeça tão “engessada” a este tipo de leitura, e maduro o
suficiente para entender e refletir sobre esta leitura. É o tipo de livro que muda suas ideias ou simplesmente confirma
muita coisa que pensava e imaginava.
Já havia assistido ao
filme (o qual assisti uma segunda vez após a leitura e recomendo o mesmo a vocês),
mas sem duvida o livro é muito melhor. Talvez isso seja uma unanimidade quando
tratamos de livros adaptados ao cinema, mas neste caso a disparidade é enorme.
Não só porque o filme omite diversas partes (e as melhores) da historia, mas
porque o filme não desperta o turbilhão de sentimentos e sonhos que a leitura
deste livro traz (ao menos a mim).
Ao ler tudo o que estes caras viveram, com tão pouco
dinheiro, condições tão precárias, em um período em que o USA vivia uma enorme
crise devido o pós-guerra, tão desapegados a toda as imposições e normas da
sociedade, o mínimo que me despertou é uma vontade fudida de largar tudo e viajar por ai conhecendo tudo
e todos.
Esta leitura nos abre os olhos do quão importante é vivenciar
o máximo possível e aproveitar o máximo possível nossa juventude. Que as
melhores oportunidades de nossas vidas podem nunca ser vivenciadas caso não
tenhamos a coragem de simplesmente fazer o que estamos com vontade de fazer.
Mostra que a intensidade de um momento em nada tem a ver com a grana envolvida,
ou as condições do lugar, mas tem a ver simplesmente com a entrega de espírito
e disposição sua e dos envolvidos na parada. Comprova o velho clichê de que não
importa o lugar e sim a companhia.
Reconheci-me muito em diversos trechos do livro, sempre
relembrando isso ou aquilo... bons momentos em que a entrega foi grande, e a
recompensa maior ainda.
Enfim, recomendo fortemente a leitura deste livro que é
simplesmente bom para cacete. Um marco da geração “beat” que apesar de bem antiga
esta presente em nos outros mais do que imaginamos...
E para aqueles que já leram e gostaram assim como eu segue
duas indicações:
-“O Primeiro Terço” de Neal Cassady. Esta fera brava para
quem não sabe é o verdadeiro Dean Moriarty.
Logo você já imagina a insanidade do livro.
-“Visões de Cody” de Jack Kerouac. Este livro que ainda não li
é dito como o melhor de Jack. Nele são retratadas mais historias da dupla Dean
e Sal de maneira mais explicita e mais sincera ainda.
Neal Cassady (Dean Moriarty) e Jack Kerouac (Sal Paradise) da esquerda para direita |
Mapa real de Jack Kerouac |
E como diria meu nobre amigo Edu Tico Miranda.. VIAJAR É
PRECISO!
Abraços
Escolha vida...
"Escolha
vida. Escolha um emprego. Escolha uma carreira. Escolha uma família. Escolha a
porra de uma TV grande. Escolha máquinas de lavar, carros, CD players e
abridores de lata elétricos.
Escolha uma boa saúde, baixo colesterol e seguro odontológico. Escolha pagar financiamento. Escolha um lar. Escolha seus amigos.
Escolha roupas da moda que combinem com sua bagagem. Escolha alugar um terno de três peças com uma porrada de opções de tecidos. Escolha relaxar e questionar quem você é numa manhã de domingo. Escolha sentar no sofá e assistir a torpes programas de auditório, enfiando "junk-food" goela à baixo. Escolha apodrecer no fim de tudo, numa casa escrota, como uma vergonha para a porra dos filhos egoístas que você gerou para substituí-lo.
Escolha seu futuro. Escolha vida.
Mas por quê eu iria querer fazer algo assim?"
Inicio do filme "Trainspotting"
Escolha uma boa saúde, baixo colesterol e seguro odontológico. Escolha pagar financiamento. Escolha um lar. Escolha seus amigos.
Escolha roupas da moda que combinem com sua bagagem. Escolha alugar um terno de três peças com uma porrada de opções de tecidos. Escolha relaxar e questionar quem você é numa manhã de domingo. Escolha sentar no sofá e assistir a torpes programas de auditório, enfiando "junk-food" goela à baixo. Escolha apodrecer no fim de tudo, numa casa escrota, como uma vergonha para a porra dos filhos egoístas que você gerou para substituí-lo.
Escolha seu futuro. Escolha vida.
Mas por quê eu iria querer fazer algo assim?"
Inicio do filme "Trainspotting"
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